Meu amigo Jim, de Kitty Crowther pela falecida CosacNaify |
Meu amigo Jim é a história encantadora que conta um episódio da vida de Jack, um melro (um corvo, pra simplificar) que vive afastado em uma floresta e que acaba fazendo amizade com uma gaivota chamada Jim.
Eles se conhecem em uma praia e passam a noite juntos,
conversando. Na manhã seguinte, Jim leva Jack à sua cidade natal, que é um porto/atracadouro,
e eles passeiam pela cidade, com Jim tendo o braço em torno do ombro de Jack –
nesta cena, notamos que as demais gaivotas olham feio para o corvo.
Depois de um dia cansativo, eles passam a noite juntos na casa de Jim, que é afastada do centro. No dia seguinte, os amigos gaivota de Jim rejeitam Jack por ele ser tão diferente, a gaivota tenta justificar à Jack – que fica emocionado com tantas caras de reprovação - dizendo à ele que, se seus vizinhos não podem aceitar Jack, então ele não será mais amigo deles, pois não manteria amizade com ‘pessoas’ tão intolerantes.
No fim do terceiro dia, os amigos voltam para a casa da gaivota, onde ele tenta acender a lareira com livros – sim! – e é prontamente impedido por Jack que questiona: vocês não leem os livros? Então Jim explica que ninguém na vila sabe ler. O corvo prontamente se dispõe a ler para Jim, e conforme os dias passam, eles ficam mais e mais próximos.
Acontece que, um belo dia, uma gaivotinha ouve a história contada por Jack, e espalha para a cidade toda a novidade. Em pouco tempo, todos estão sentados na janela de Jim descobrindo o mundo maravilhoso dos livros e então, reconhecendo então o valor de Jack e que as suas diferenças não o fazem alguém ruim.
Depois de um dia cansativo, eles passam a noite juntos na casa de Jim, que é afastada do centro. No dia seguinte, os amigos gaivota de Jim rejeitam Jack por ele ser tão diferente, a gaivota tenta justificar à Jack – que fica emocionado com tantas caras de reprovação - dizendo à ele que, se seus vizinhos não podem aceitar Jack, então ele não será mais amigo deles, pois não manteria amizade com ‘pessoas’ tão intolerantes.
No fim do terceiro dia, os amigos voltam para a casa da gaivota, onde ele tenta acender a lareira com livros – sim! – e é prontamente impedido por Jack que questiona: vocês não leem os livros? Então Jim explica que ninguém na vila sabe ler. O corvo prontamente se dispõe a ler para Jim, e conforme os dias passam, eles ficam mais e mais próximos.
Esse é basicamente o resumo da história, mas a questão central é: As diferenças abordadas pelo livro vão ALÉM de racismo – que é a primeira impressão que temos – mas aborda também xenofobia, já que as gaivotas acabam comentando algo como ‘ele não é daqui’; homofobia, que é algo que fica claro quando nos atentamos a como Jack e Jim são próximos e o carinho que tem um pelo outro – por favor, ele desiste dos amigos pra não chatear o Jack, e isso é extremamente sensível e delicado; etnocentrismo, quando Jim conta que o corvo veio da floresta, e as gaivotas riem dele por ser... ‘caipira’; lealdade; o prazer de ler e de o poder transformador das histórias, e claro, apresenta a biodiversidade de aves, florestas e praias para as crianças.
Um livro de ilustração linda, de
32 páginas que podem fazer você refletir por horas e levantar alguns temas com
suas crianças.
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