Toda a história não passa de um delirío ficticio do autor, qualquer reclamação xingar nos comentários. |
Serge Gainsbourg era
casado com Brigitte Bardot, que em 1968 tinha 22 anos e um caso com Jean Luc Gordard,
porém Godard não sabia que Bardot também mantinha relações com Françóis Truffaut
, seu vizinho de apartamento em Paris.
Truffaut na época tinha apenas dezesseis anos e estava
apaixonado por Brigitte, todas as terças e quintas por volta das duas e meia, visitava
o apartamento de sua amada. Bebiam vinho tinto e comiam croissant do McDonald´s
prometendo um dia fugirem juntos para a America do Sul.
Do outro lado da cidade Godard estava trabalhando em seu
mais novo longa metragem, a história de um vendedor de laranjas que mata sua
esposa e filha ao descobrir que assistiam aos filmes comerciais de Hollywood
enquanto ele labutava o dia todo para leva-las aos cinemas parisienses de
vanguarda. A critica dizia que a
produção, intitulada Le Laranjeiro,
era uma indireta afiada a Ana Karina, ex mulher do diretor, a quem ele não
havia superado a separação e preferia vê-la morta do que trabalhando em filmes
americanos.
As segundas e
quartas Brigitte se dedicava a Godard, eles iam nos cinemas pornôs da cidade e
faziam amor ao ritmo de Aphroditte, sucesso absoluto do gênero na época. Brigitte
prometia a Godard que iria se separar de Gainsbourg e que os dois fugiriam para
America do Sul e Godard dizia para Brigitte que se suicidaria por amor se ela
não fizesse isso o mais breve, mas no fim ele só queria mesmo era fugir de
Paris para esquecer Anna Karina.
Os fins de semana ela passava com o seu marido Gainsbourg,
jovem pianista que viajava durante dias pelos butecos europeus tocando jazz e rock´n
rool, só voltando para casa nas sextas, que dedicava exclusivamente a sua
deslumbrante esposa, que dizia não haver homem mais sensível e amoroso. Porém algumas noites Brigitte pensava em
Françóis e Jean Luc enquanto beijava Serge.
Certo dia Godard avistou Truffaut do outro lado da rua em um
de seus sets de filmagem, o jovem rapaz andava a passos largos, com o seu
habitual chapéu , terno surrado e cigarro na boca, em sua mãos carregava um
buque de flores que havia comprado para sua pretende, era quinta-feira.
Godard já desconfiado do muleque, que era cheio de charme e
vivia comendo Bardot com os olhos, resolveu segui-lo com seu revolver calibre
38, enfiou o trabuco debaixo do casaco, largou sua panavision 70 mm e seguiu
Truffaut como um cão farejando comida...podre.
Quando chegaram no prédio,
Françóis subiu pelas escadas e Jean Luc preferiu o elevador, para ganhar tempo e pegar o desgraçadinho no flagra,
não deu outra, em poucos minutos o jovem
Truffaut estava recebendo palavras carinhosas e um beijo que só uma francesa
saberia dar.
Os sentimentos de Godard naquele momento talvez sejam indescritíveis
por tamanho ódio e melancolia que o dominava, já não bastasse o divórcio
recente com Anna Karina, ele ainda seria corno? Não mesmo!
Godard engatilhou o revolver e meteu o pé na porta podre do
apartamento, pegando os dois no flagra em uma intima relação de croissants e
vinho tinto, que Brigitte num ato de surpresa, deixou esparramar pelo carpete.
‘’Agora eu vou matar você e essa meretriz, votre merde!’’
Disse o amante enfurecido num sotaque afrancesado.
Truffaut apenas de cueca e chapéu, em um ato heroico entra
na frente de Bardot se fazendo de escudo humano enquanto tenta se defender com
palavras que só enfureciam mais seu rival.
‘’Ela não é minha nem sua, Brigitte é casada, você não...’’
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Godard já havia
plantado três balas em seu corpo, não teve coragem de atirar em Bardot, apenas
saiu correndo de volta aos sets de filmagem, que precisava finalizar o mais
breve possível para sua estreia em Cannes.
Atônita, Brigitte telefonou para a policia que veio
acompanhada da mídia marrom pronta para divulgar a novela que renderia
audiências avassaladoras na tv. Amor, sangue e adultério para toda a sociedade
francesa, não tendo outra alternativa, ela fugiu para Viena, onde Serge estava
tocando e convenceu o marido de que tinham que se mudar imediatamente para um
país bem longe, não precisou de muito para persuadi-lo, seus grandes olhos
azuis e a boca carnuda pintada de vermelho já bastava. Eles foram para a
América do Sul, acredita-se que Brasil ou Argentina, nunca se soube ao certo,
apenas que viveram felizes para sempre.
Truffaut ficou paraplégico
e morreu semanas depois de sair do hospital, dizem que foi de amor, enquanto Godard
nunca conseguiu finalizar Le Laranjeiro.
Num ato de repudio a policia queimou todos os negativos do filme e o sentenciou
a quinze anos de xilindró a qual cumpriu oito e depois virou atendente de um
cinema de Filmes B nos EUA, onde trabalha até hoje.
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